Protocolo de Rendimento Social de Inserção
O Protocolo de Rendimento Social de Inserção é uma resposta social integrada, sistemática e pluridireccionada que pretende a aquisição de competências nas mais diversas áreas do social através de promoção da participação dos beneficiários RSI na definição do projeto de mudança e consequente automatização. Este trabalho centra-se nas necessidades, experiências e interesses das famílias, envolvendo-se ativamente na resolução dos seus problemas. Pretende-se desta forma a mudança de atitudes e comportamentos que permitam o desenvolvimento de competências e práticas valorizadas que garantam a integração social através das diferentes áreas (como a organização doméstica, gestão financeira, saúde, emprego/ocupação e educação, gestão das dinâmicas familiares).
A intervenção técnica é responsável, numa fase inicial pela análise e produção de diagnósticos dos problemas económicos, sociais e psicológicos do individuo/família, bem como, a avaliação de recursos potencialidades e constrangimentos, necessários ao desenvolvimento de intervenções ajustadas aos mais reais problemas da população.
Posteriormente é proposto o desenvolvimento de atividades pedagógicas ao nível das vertentes supracitadas, promovidas pelas Ajudantes Ação Direta sobre supervisão da Equipa Técnica.
Por sua vez, estas atividades compreendem o acompanhamento e realização de ações/tarefas do quotidiano familiar e de interação comunitária e de reforço de competências pessoais, sociais e dos mais elementos da equipa.
Protocolo NDS
O protocolo de Rendimento Social de Inserção do Núcleo Desportivo e Social teve início em março de 2005, para um referencial de 40 famílias, tendo como âmbito de intervenção a freguesia de São Miguel da Guarda. Foi revisto em 01 de Outubro de 2007 para 150 famílias aumentando a área de intervenção com as áreas geográfica de:
Freguesia Urbana
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Freguesia da Guarda (parte correspondente a S. Miguel da Guarda)
Freguesias Rurais
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Adão, Alvendre, Arrifana, Avelãs da Ribeira, União de Freguesias de Avelãs de Ambom e Rocamondo, União de Freguesias Pousade e Albardo, Benespera, Casal de Cinza, Castanheira, Codesseiro, João Antão, Marmeleiro, União de Freguesias Rochoso e Monte Margarida, Panoias, Pega, Pêra do Moço, Santana D´Azinha, Ramela, São Miguel do Jarmelo, São Pedro do Jarmelo, Vila Fernando, Vila Garcia.
Para o ano de 2020 está previsto fazer o acompanhamento da medida a cerca de 150 famílias protocoladas, o que corresponde a cerca de 500 beneficiários.
A equipa de RSI é composta por uma socióloga, uma assistente social, um psicólogo e quatro ajudantes de ação direta.
Os técnicos realizam ações de acompanhamento dos beneficiários, elaborando a informação social, o relatório social, a negociação e elaboração do programa de inserção e ainda o acompanhamento e avaliação do mesmo. Aos técnicos cabe o papel de elaborar um plano de atividades para os AAD que vai de encontro as necessidades das famílias beneficiárias de RSI.
Os AAD fazem um trabalho in loco com um acompanhamento de proximidade, realizando as ações/tarefas que foram programadas no plano de atividades, focando o quotidiano familiar e de interação comunitária, reforçando as competências pessoais e sociais, tendo como objetivo a sua progressiva autonomia.
Durante o ano de 2020 iremos continuar a trabalhar em estreita ligação com o Centro Distrital no atendimento/encaminhamento.
O plano de atividades do ano da equipa de Rendimento Social de Inserção do NDS, continua a ter como principal linha orientadora uma lógica de intervenção integrada e multidimensional fortemente alicerçada na mobilização efetiva da sociedade civil para a futura integração social e laboral dos beneficiários da medida. É importante salientar a mobilização das famílias para as práticas de cidadania ativa de filiação às comunidades de pertença, bem como o trabalho desenvolvido na inclusão escolar e educação não formal, formação profissional e empregabilidade, participação cívica e comunitária.
Consideramos que com as ações concertadas e coordenadas entre os diversos sectores da sociedade e aos mais diversos níveis, quer público quer privado e onde deverão estar integrados os beneficiários se poderá combater eficazmente estas problemáticas.
Pensámos novamente em ações que abrangem todas as faixas etárias, que já estão a ser implementadas no meio urbano e rural e têm como missão combater as causas geradoras destas situações de exclusão social. Através da sua execução vamos criar condições de participação dos beneficiários num processo de mudança de comportamentos, em que se atribuiu prioridade à educação, qualificação profissional e a integração no mercado de emprego.